Os Jogos Olímpicos têm suas raízes na Grécia Antiga, remontando ao século VIII a.C. Eles eram realizados na cidade de Olímpia, na península do Peloponeso, como parte de festivais religiosos em honra a Zeus, o principal deus do panteão grego. Os antigos Jogos Olímpicos eram parte integrante dos Jogos Pan-Helênicos, que ocorriam em intervalos regulares em diferentes cidades-estado gregas.
Os Jogos Olímpicos antigos eram realizados a cada quatro anos durante um período de trégua religiosa e incluíam uma variedade de competições esportivas, como corridas, lutas, lançamento de disco e lançamento de dardo, entre outras. Os jogos não eram apenas uma oportunidade para os atletas demonstrarem sua habilidade atlética, mas também serviam como um meio de promover a unidade e a paz entre as diversas cidades-estado gregas, que frequentemente estavam envolvidas em conflitos.
Durante os Jogos, uma trégua sagrada (chamada ekecheiria) era observada, garantindo a segurança dos participantes e dos espectadores que viajavam para Olímpia para assistir aos eventos. Além das competições esportivas, os Jogos Olímpicos antigos incluíam rituais religiosos, cerimônias de premiação e atividades culturais, tornando-se um importante evento social e cultural na Grécia Antiga.
Os antigos Jogos Olímpicos continuaram a ser realizados por cerca de 12 séculos até serem proibidos pelo imperador romano Teodósio I, em 393 d.C., como parte da adoção do cristianismo como religião oficial do Império Romano e da supressão das práticas religiosas pagãs.
Após um longo período de interrupção, a ideia de reviver os Jogos Olímpicos surgiu na era moderna, culminando na fundação do Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1894 pelo Barão Pierre de Coubertin. Os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna foram realizados em Atenas, Grécia, em 1896, marcando o renascimento do movimento olímpico e estabelecendo a tradição dos Jogos Olímpicos modernos que continuam até os dias de hoje.