Essa tradição tem suas raízes na lenda de Prometeu, que, de acordo com a mitologia grega, roubou o fogo dos deuses no Monte Olimpo e o entregou aos seres humanos como um presente divino. Esse ato de Prometeu simboliza a iluminação, a sabedoria e o progresso da humanidade através do conhecimento.
Na Antiguidade, durante os Jogos Olímpicos realizados em Olímpia, Grécia, havia uma chama sagrada dedicada aos deuses, especialmente a Zeus. Esta chama era mantida acesa durante toda a duração dos Jogos como um símbolo de pureza e dedicação aos ideais olímpicos de competição justa e celebração esportiva.
A tradição da Tocha Olímpica moderna foi reintroduzida nos Jogos Olímpicos de Verão de 1928, em Amsterdã, e desde então tem sido uma característica central de cada edição dos Jogos. A cerimônia de acendimento da chama ocorre em Olímpia, onde mulheres interpretando sacerdotisas acendem a tocha usando um espelho côncavo para concentrar os raios solares. Esse método tradicional de acendimento simboliza a conexão espiritual com os antigos Jogos e a continuidade dos valores olímpicos ao longo do tempo.
Após o acendimento, a chama é transferida através de um revezamento de tocha que percorre várias cidades e regiões, tanto na Grécia quanto no país anfitrião dos Jogos, antes de chegar ao estádio principal durante a cerimônia de abertura. O percurso da tocha não apenas celebra a unidade global e a diversidade cultural, mas também representa a passagem simbólica da história antiga para o presente, conectando os Jogos modernos com suas origens na Grécia clássica.
Durante a cerimônia de abertura dos Jogos, a tocha é usada para acender a pira olímpica, um momento que marca o início oficial das competições. A pira olímpica acesa durante todo o período dos Jogos é um símbolo de paz, amizade e respeito entre as nações participantes, refletindo o espírito de união e competição saudável que os Jogos Olímpicos procuram promover.